quinta-feira, 21 de agosto de 2008

GRITO

Grito e sempre gritarei
Nesta terra que me viu nascer
Neste mundo que não é o meu
Neste inferno em que irei arder
Grito por justiça e pela paz
Para que soltem os inocentes
E prendam quem a guerra faz
Grito para no cinismo de alguns
Eu não me deixar enganar
E na hipocrisia dos mesmo
Eu ter sempre de acreditar
Grito por mais carinho e amor
Que cada vez mais hoje se compra
Ou se vende a troco de um lugar ao sol
Gritarei até a minha voz doer
Até alguém minha boca tapar
Por na igualdade apenas sonhar viver
Para certas consciências eu não importunar
Gritarei até a razão me convencer
Que o meu grito é tão surdo
Que eu próprio não o consigo escutar
Por quiçá todos estes defeitos
Eu hipocritamente criticar
Mas confesso que não tenho o péssimo hábito
De constantemente para o meu umbigo olhar…

Amândio Soares (apollo11)

0 comentários:

Postar um comentário