quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Só a ti...



Ontem eu te conheci
Hoje estou tão distante de ti
Amanhã quiçá esteja unido a ti
Por isso…
Eu te prometo só a ti…

O fogo violeta da minha verdadeira paixão
A cascata ardente que jorra no topo do meu coração
Os jardins babilónicos suspensos na íris azulada do meu olhar
O mel transparente produzido aquando do meu tímido beijar
A brisa tropical oriunda do meu incontrolado e libido respirar
A melodia puritana produzida através do meu apaixonado palpitar

Ontem apaixonei-me por ti
Hoje sou louco por ti
Amanhã morrerei apaixonado só por ti
Por isso…
Eu te prometo só a ti…

A lua de Júpiter e o sol de Marte
O belo cavalo branco de Bonaparte
A ilha paradisíaca de Robinson Crusoé
As enigmáticas e majestosas pirâmides de Gisé
O maravilhoso farol de Alexandria
E todas as maravilhas do mundo, que eu cegamente a ti te daria

Ontem semi-anestesiado tudo isto, eu te prometi
Hoje bem desperto isso tudo, aqui transcrevi
Amanhã tudo isto continuará, guardado só para ti

Por isso…
Eu te prometo só a ti…
O meu louco amor, que noite e dia aclama por ti!





A.Soares (apollo 11)


SEM SENTIDO

Queria hoje ir até ao fim
De tudo e até de mim
Queria o inicio eliminar
Para o fim tentar modificar

Queria o meu próprio sol desenhar
Para num outro futuro, o por a brilhar
Queria os céus todos os dias surpreender
Com mil arco-íris sem uma nuvem negra se ver

Queria o universo numa mão ter
E na outra uma bela estrela acabada de nascer
Queria a lua de vermelho rosa pintar
Para na escuridão da noite, um pôr-do-sol eu deslumbrar

Queria o meu coração numa chave invisível transformar
Para todos os prisioneiros do silencio eu libertar
Queria uma solução eficaz nos manuais do amor aprender
Aquela que ensina amar, sem nunca a dor ter de conhecer

Queria hoje uma lágrima da minha saudade num deserto derramar
E amanhã, no lugar dela, um belo oásis eu, conseguir encontrar
Queria no Árctico do meu coração, uma fogueira acender
Para os meus cristais de gelo, em centelhas de paixão converter

Queria ser quem sou e não apenas ter que parecer
Pois não queria na minha sombra, nunca ter de me esconder
Queria o meu futuro por tentativa de extorsão hoje denunciar
Para ele amanhã, da minha ingenuidade, não voltar-me a chantagear

Queria num só sentido sem medo caminhar
Para na contra-mão da vida, com os meus erros, não ter de chocar
Queria aquilo que aqui escrevi, a um determinado sentido submeter
Mas SEM SENTIDO este texto terá objectivamente de assim morrer...

A.Soares (apollo11)

Diz-me tu!

Diz-me tu…
Se ao topo do mundo devo subir
Para aí;
Eu, meus íntimos desejos por ti aos quatros ventos depositar
Para eles, ao teu ouvido muito suavemente te segredar
Segredos que só tu e o teu coração secreto poderá decifrar
Aqueles que só um grande amor, os consegue eternizar.
Diz-me tu…
Se ao fundo dos oceanos devo submergir
Para aí;
Eu humildemente, ao rei Neptuno implorar
Para ele, todos os seus oceanos rebaptizar
E a todos eles, um só nome lhes dar
Aquele que só uma louca paixão, o consegue inventar.
Diz-me tu…
Se para o centro de um escaldante deserto, devo partir
Para aí;
Eu, com os rebentos dos meus sonhos um oásis plantar
Para durante o dia, com as lágrimas da minha saudade, o regar
E à noite, com os raios violetas da minha esperança o resguardar
Raios que só, uma alma demasiado incandescente, os consegue irradiar.
Diz-me tu…
Se nas grandezas dos meus sonhos devo, continuar a persistir
Se a voz do meu apaixonado coração devo, continuar a ouvir
Se os raios violetas da minha esperança devo, continuar a produzir
Ou se de ti devo, ingloriamente para sempre desistir…

A.Soares (apollo11)

Pensar em ti...

Pensar em ti…
É com estrelas cadentes o teu desnudo corpo enfeitar
É a lua com a cor dos teus olhos pintar
É cinco letras, eu solenemente ao teu ouvido soletrar
E tu abrires as portas do teu coração para eu te amar
Pensar em ti…
É ao teu lado bem acordado estar
É adormecer e ao meu sono eu te aprisionar
É eu ser areia da praia e tu, o meu mar
Para noite e dia o sal dos teus beijos eu provar
Pensar em ti…
É como um anjo perdido, sem o seu céu jamais encontrar
É um apóstolo convicto sem fiéis para doutrinar
É como um Maomé confuso se a montanha deverá visitar
Ou se ele por ela, deverá pacientemente a sua visita esperar
Pensar em ti…
É um poeta desesperado, num fantasma se transformar
Para ele, a imponente porta da tua masmorra, poder atravessar
E com a sua febril poesia, essa tua triste melancolia incinerar
E com as rimas dos seus humildes versos teu coração libertar
Pensar em ti…
É inexplicavelmente acordado sonhar
É no infinito, noite e dia cegamente, te procurar
É descalço, por brasas vivas, ao teu encontro caminhar
Sem que os meus pés se rendam, a dor antes de eu, te encontrar.







A.Soares (apollo11)

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

" O REI LEÂO"

Naquele mágico dia “O Rei Leão”
Usando a sua velha táctica do camaleão
Atraiu aquele inocente ser de puro e solitário coração
Até as suas camufladas garras de autêntico machão
Com mil promessas quiméricas de afecto e eterna paixão.
Ela, “A Vítima” etilizada pelo charme daquele rapagão
Facilmente na sua armadilha caiu pois então.
E pouco tempo depois se consumou a união
Sob as leis obrigatórias de uma qualquer mas rígida religião.
E o banquete com inúmeros convidados como manda a tradição
E por ultimo a respectiva lua-de-mel e porque não?
Um mês se passou e Ela “A Vítima” o primeiro rugido ouviu então
E depois dos rugidos, veio pouco a pouco a inevitável agressão
Seguindo-se os massacres diários de sevícias e repressão.
Ele, “O Rei Leão” sentia-se o todo-poderoso por tal situação
Embora fora de casa, era um covarde mas, em casa era um valentão.
Até que Ela, cansada de ser “A Vítima” tentou resolver a questão
Confiando nas instituições apresentou queixa dele por agressão
Ela, “A Vítima” desesperou noite e dia á espera de uma solução
Como a resposta tardou a chegar, “A Vítima” resolveu então…
Fazer Ela sua própria justiça e esfaqueou até á morte “O Rei Leão”
E as instituições desta vez actuaram com a máxima prontidão
Encarcerando “A Vítima” sem qualquer tipo de contemplação
Passando Ela de imediato de vítima a assassina, sem qualquer tipo de perdão
Sendo posteriormente condenada, a uma inevitável, pena máxima de prisão.
Isto porque a sociedade onde Ela vive, tolera em pleno século XXI a escravidão
Mas nunca irá tolerar que nenhuma “ Vítima” extermine assim um “Rei Leão”
Não porque eles (Os Reis Leões) estejam (infelizmente) em sérias vias de extinção
Mas porque aqueles que, fazem as leis, (quiçá) pratiquem a mesma doutrinação
Ou (talvez), pensem que MULHER é sinónimo de VÍTIMA por mera definição
Sendo a violência doméstica (quiçá) para eles uma espécie de anciã tradição
Onde reza a história que numa união de casais, o homem terá sempre a razão
O que não deixa de ser, para mim, uma patética e contraditória tradição
Pois na selva, nem sempre aquele que ruge mais alto ou, com toda a convicção
Terá de ser obrigatoriamente o mais forte, e muito menos o dono, da insofismável razão.

Viva a igualdade! Viva a todos aqueles (as), que por ela, até a morte lutarão!



A.Soares (apollo 11)

Pretendo (uma vez mais) com este texto tentar despertar apenas consciências adormecidas para o cada vez mais, flagelo da violência doméstica que, diga-se, não só abrange o sexo feminino como também, o sexo masculino embora, o primeiro como é sobejamente conhecido, esteja em primeiro lugar, por larga maioria nas estatísticas mundiais. Vamos todos assim e sem qualquer tipo de hipocrisia, despertar para esta triste e deplorável realidade. Condenando, denunciando e apoiando todos aqueles(as) que são vítimas deste flagelo.

Olha para mim!


Olha para mim!
E pergunta-me, quem para mim, tu és
Destapa a minha alma
E espreita o meu transparente coração
E descobrirás, o que para mim, tu és.
Liberta os meus febris sentidos
E jamais duvidarás, de quem tu és
Olha para mim!
Pergunta-me, o que eu para ti sou
Fecha os teus olhos
Dissolve-te na minha imaginação
Então aí verás, tudo aquilo que eu, por ti sou
Deita-te ao meu lado
E navega nas ondas calmas do meu dormir
Desfralda as velas invisíveis dos teus sentidos
E pergunta-me, se um sonho tu para mim, serás
Verá elas encherem-se com o meu arfado respirar
E ficarás então a saber, que assim tu o és
Olha para mim!
E acolhe toda a lava, da minha vulcânica paixão
Nesses teus, irresistíveis lábios de mar
E pergunta-me se tu és, o enxofre do meu coração
E eu, simplesmente, te responderei em surda voz
Tu serás sempre a existência, da minha cega imaginação.

Olha para mim!
Só tu sabes, tudo aquilo que por ti, eu sou.
Olha para mim!
Só eu sei, tudo aquilo que para mim, tu és.


Amândio Soares (apollo11)

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Eu não sei...

Eu não sei;
Porque amo eu, as estrelas?
Aquelas azuis e tremeluzentes… com o teu cristalino olhar.
Porque amo eu, o ruído das ondas do mar?
Aquelas suaves… como o teu tão terno falar.
Porque amo eu, as rosas amarelas?
Aquelas tão perfumadas… como a fragrância primaveril, da tua pele.
E que eu desejaria, nesse teu perfume, meus loucos sentidos afogar.
Eu não sei;
Porque amo eu, as folhas do Outono?
Aquelas doiradas… como a cor, dos teus encaracolados cabelos.
E que eu, com os meus irrequietos dedos, adoraria brincar.
Porque amo eu, as framboesas?
Aquelas vermelhas… como os teus finos e sedutores lábios.
E que eu almejo noite e dia, sofregamente beijar.
Porque amo eu, as noites?
Aquelas tão silenciosas… como o teu, sereno respirar.
E que eu, gostaria através dele, teus segredos poder desvendar.
Eu não sei;
Porque amo eu, as tempestades?
Aquelas imprevisíveis… como a tua inconstante forma de estar
Ora demasiado snobe, ora tão humilde, como a ténue luz do luar.
Porque amo eu, as montanhas?
Aquelas tão íngremes… como o teu, enigmático e distante olhar.
E que eu adorava um dia, o poder decifrar e até mim, o aproximar.
Porque amo eu, as pombas brancas?
Aquelas que voam livremente… como tu talvez, venhas um dia a voar
Para os céus da felicidade, poderes assim comigo eternamente planar.
Eu não sei;
Porque amo os sonhos!
Aqueles tão quiméricos… com os de um alienado amante
Que tão estupidamente teima neles, todavia acreditar!

Mas…
Talvez eu saiba;
Porque gosto tanto assim de amar.
Sim!
Porque o amor…
É a única coisa por enquanto, que na luz da vida, ainda me faz cegamente acreditar!


Amândio Soares (apollo11)

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Aquela "Julieta"

(*) Aquela “Julieta” armadilhou-me o coração
Numa inesquecível noite quente de verão
Onde trocamos loucos beijos de ardente paixão
Onde sem medos, desafiamos toda a nossa imaginação
Aquela “Julieta” prometeu-me dar-me o seu coração
Colocando apenas para isso, uma simples condição:
Eu teria que ama-lo até à minha inevitável extinção.
Então eu, sem nenhumas hesitações, aceitei a sua condição
E num verdadeiro Romeu ela, logo transformou-me então.

Hoje da “Julieta” só me resta uma maravilhosa recordação
O seu belo sorriso carregado, da mais irresistível sedução
E das suas doces palavras envoltas em carinho e ardente paixão.
Pois ela, nessa mesma noite se esfumou misteriosamente na escuridão
Desaparecendo sem dar-me sequer, o seu prometido coração
Deixando este infortunado Romeu, na mais profunda desolação.
E agora;
Só me resta aos poucos tentar, desarmar este meu explosivo coração
Para ver;
Se não corro risco de provocar uma enorme e devastadora explosão
Que irremediavelmente faria desaparecer, aquela inesquecível aparição
Que eu há muito guardo;
Daquela “Julieta” que numa noite quente de Verão…
Sem eu dar por isso, armadilhou-me para sempre, este errante coração.

*Memorias de um marinheiro, encalhado na “Ilha da solidão” de apollo11 (Brevemente)

Amândio Soares (apollo11)


"Después de un invierno malo;
Una mala primavera
Dime porqué estás buscando;
Una lagrima en arena…"

Fito y Fitipaldi en:
Soldadito marinero
Álbum: (A tu lado)
2003
Ai se eu fosse o sol…
Todos os dias tua pele de mel, eu beijava
E se eu fosse a lua…
Todas as noites teu caminho, eu iluminava
Ai se eu fosse o vento…
Com os teus longos cabelos, eu brincava
E a ti, todos os meus segredos, eu revelava
Ai se eu fosse um condor…
Nas minhas majestosas asas
Eu, até ao fim da minha vida, te transportava
Ai se eu fosse um pintor…
No meu coração, teu belo rosto, de cores vivas pintava
Ai se eu fosse na verdade um poeta…
Com mil e uma prosas todos os dias te presenteava
E com outros tantos versos com o teu belo nome rimava
Ai se eu fosse um colibri…
Noite e dia teus perfumados e atraentes peitos, eu beijava
Ai se eu fosse um sonho…
Todos os teus pesadelos, eu noite e dia espantava
Ai se eu fosse um Deus…
Essa tua alma divina, eu para sempre imortalizava!








Amândio Soares (apollo11)

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Existe um...

Existe um vulcão semi-adormecido,
à espera de ser docemente despertado.
Existe um modesto ninho abandonado,
à espera de ser novamente povoado.
Existe um órfão num berço esquecido,
à espera de ser brevemente adoptado.
Existe um demónio numa alma instalado,
à espera de ser para sempre exorcizado.
Existe um anjo numa asa gravemente ferido,
à espera de ser milagrosamente curado.
Existe um sonho cada vez mais enfraquecido,
à espera de ser noite e dia alimentado.
Existe um coração semi-arrefecido,
à espera de ser ardentemente aconchegado.
Existe um beijo agridoce algures guardado,
à espera de ser loucamente compartilhado.
Existe um silêncio escuro camuflado,
à espera de ser descoberto e aniquilado.
Existe um incontrolável desejo reprimido,
à espera de ser finalmente emancipado.
Existe um destino escrupulosamente traçado,
à espera de ser levianamente ignorado.
Existe um pedido de socorro no ar lançado,
à espera de ser quiçá por alguém escutado.
Existe um solitário coração na multidão perdido,
à espera de ser apaixonadamente resgatado.
Há um louco poeta pelo éter do amor embriagado,
à espera de ser pelos seus ridículos textos desculpado...




Amândio Soares (apollo11)

"Assim Sou"

Sou o sol ardente
Sou a nuvem passageira
Sou o sonho permanente
Sou a esperança derradeira

Sou o cometa decadente
Sou a lua feiticeira
Sou o anjo alvinitente
Sou a estrela mensageira

Sou o oceano profundo
Sou a onda abafeira
Sou o tesouro do mundo
Sou a pérola verdadeira

Sou o vento forte
Sou a brisa ligeira
Sou o trevo da sorte
Sou a ave rameira

Sou o verso da felicidade
Sou a quadra da alegria
Sou o poema da prosperidade
Sou a inspiração da minha utopia

Amândio Soares (apollo11)

GRITO

Grito e sempre gritarei
Nesta terra que me viu nascer
Neste mundo que não é o meu
Neste inferno em que irei arder
Grito por justiça e pela paz
Para que soltem os inocentes
E prendam quem a guerra faz
Grito para no cinismo de alguns
Eu não me deixar enganar
E na hipocrisia dos mesmo
Eu ter sempre de acreditar
Grito por mais carinho e amor
Que cada vez mais hoje se compra
Ou se vende a troco de um lugar ao sol
Gritarei até a minha voz doer
Até alguém minha boca tapar
Por na igualdade apenas sonhar viver
Para certas consciências eu não importunar
Gritarei até a razão me convencer
Que o meu grito é tão surdo
Que eu próprio não o consigo escutar
Por quiçá todos estes defeitos
Eu hipocritamente criticar
Mas confesso que não tenho o péssimo hábito
De constantemente para o meu umbigo olhar…

Amândio Soares (apollo11)

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

"Vou Chorar"


Vou chorar

Quando num bar,

Numa esquina, à beira-mar

Ou em qualquer outro lugar

Eu finalmente te encontrar.

Vou chorar

De alegria de emoção

Por ao meu solitário coração

Um olhar verdadeiro e cúmplice juntar

E ardentes beijos nele eternamente guardar.

Vou chorar

Até a minha dor aliviar

Enquanto a minha alma lentamente não despertar

Acomodado em teu peito sob a ténue luz do luar

Ou sob um esplendoroso raio solar.

Vou chorar

Até as minhas lágrimas se evaporarem

Nas nuvens transparentes da tua compaixão

Ou em estalactites talvez elas se transformarem

Nas profundezas ainda inexploráveis do teu coração.

Vou chorar

Enquanto o sol e a lua não nos abençoar

Enquanto as estrelas o nosso céu não povoar

Para de energia cósmica nossos corações elas carregar

Para que a lua do nosso amor nunca deixe de brilhar.

Vou chorar

Até este texto terminar

Pois talvez um homem nunca deveria em silêncio chorar

Por seu amor querer apenas com alguém compartilhar

Ele apenas deveria seu coração saber pacientemente acalmar

Pois o amor infelizmente nunca marca a hora para nos visitar.



Amândio Soares (Apollo11)

quinta-feira, 31 de julho de 2008

Uma miragem

Olha-me nos olhos
Toca-me as mãos
Finge que não me vês
Finge que não me tocas
Diz-me simplesmente quem vês
Diz-me aquilo que tu sentes

Não digas um nome à toa
Não suspires por suspirar
Teu coração bate forte
Com medo de se equivocar
Não querendo ele me magoar

Beija meus lábios
Sem neles tocares
Só assim descobrirás
Quem eu sou na verdade
Apenas miragem
De uma falsa paixão
Transformada em profunda desilusão.

Amândio Soares (apollo 11)

Eu...

Eu;
Poderia ser, um girassol
E tu, um radioso sol
Para meu coração tu aqueceres
Para a minha alma rejuvenesceres.

Eu;
Poderia ser, uma mariposa
E tu, uma bela e perfumada rosa
Para no teu estonteante perfume embriagar-me
Para nas tuas delicadas pétalas, afogar-me.

Eu;
Poderia ser, uma estrela cadente
E tu, uma bela lua emergente
Para no teu resplendor me reabastecer
Para na escuridão nunca ter de viver.

Eu;
Poderia ser, um cata-vento
E tu, uma forte rajada de vento
Para a minha solidão centrifugares
Para a minha felicidade tu alimentares.

Eu;
Poderia ser, um beijo
E tu, um ardente desejo
Para meus ávidos lábios provares
Para a minha louca paixão saciares.

Eu;
Poderia ser o teu mundo
E tu, o meu universo profundo
Para um livre e acolhedor planeta encontrar
Para nele, o meu amor poder extravasar.

Eu;
Poderia ser tudo isto
Mas infelizmente, não sou nada disto
Sou apenas, um poeta nas nuvens adormecido
Ou talvez, um amante demasiado emotivo.


Amândio Soares(apollo 11)

sábado, 12 de julho de 2008

É Proibido...

É proibido…
Sofrer de amor
Por o amor perder
Ou apenas o amor
Querer somente esquecer.
Sofrer por nada ter
Ou apenas por em demasia querer.
É proibido sofrer
Enquanto neste mundo houver
Coisas maravilhosas por conhecer
Enquanto o sol
Nos continuar aquecer.
Sofrer é negar
A nós próprios
O direito de viver
È exigir aos outros
O imenso sacrifício
De a nossa dor entender.
Mas é tão fácil assim escrever
Mas confesso que às vezes
A dor é tão difícil de vencer
Mesmo assim…
Eu ouso timidamente dizer
Estamos todos proibidos
De sofrer ou, fazer alguém sofrer
Sobe pena de mil anos
Com a dor para sempre viver!


A.Soares (apollo 11)

Coragem amiga R.A. (Dedicatória)



Sinto-te a fraquejar

Tua voz a entristecer

O teu olhar a murchar

E o teu sorriso a esmorecer

Vá lá por favor não te deixes abater

Tenta a tua dor a enganar

Planeando no que amanhã podes vir a fazer

E pensando no que hoje já conseguistes realizar

Sabes que não estás sozinha a combater

Pois tens imensos aliados contigo a lutar

Para essa maldita doença juntos conseguir vencer

E a tua felicidade para sempre reconquistar

Dizes que nunca me conseguirás compreender

Por só aos outros eu querer a esperança alimentar

E por mim eu pouco ou nada fazer

Tendo eu tantas coisas para ainda conquistar

Aquilo que eu posso apenas te dizer

É que me sinto feliz por outros ajudar

Pois é isso que me dá forças para eu viver

E coragem par os meus “demónios exorcizar”

Como tal estimada amiga (Rosa Azul), aqui estou eu a escrever

Estas humildes palavras na esperança das tuas forças revitalizar

Pois já sinto enormes saudades de uns copos contigo beber

E a tua sensual voz na rádio eu voltar com prazer a escutar


(Dedico a ti querida amiga, (Rosa Azul) e todas as vítimas de Cancro do mundo inteiro).


A.Soares (apollo 11)



Quero Amar!

Quero amar

Perdidamente;

Como quem se rende

Á vida incondicionalmente

Quero amar

Cegamente;

Como quem acredita

Num sonho eternamente

Quero amar

Loucamente;

Como quem goza

Cada dia em júbilo permanente

Quero amar

Lascivamente;

Como quem mordisca

Um erecto mamilo extasiadamente

Quero amar

Livremente;

Como quem voa

Nas asas da sua mente

Quero amar

Lentamente;

Como quem bebe

Um cálice de aguardente

Quero amar

Silenciosamente;

Como quem reza

Aos céus devotamente

Quero amar

Apaixonadamente;

Como quem olha

O pôr-do-sol tão fascinadamente

E por fim…

Quero amar

Simplesmente;

Como quem escolhe

Viver a vida livremente…




A.Soares (apollo 11)

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Ganas de Viver

Ter ganas de viver

É a vaidade nunca querer conhecer

É a humildade jamais querer perder

É ser optimista e nunca esmorecer

Ter ganas de viver

É silenciosamente sofrer

É dar tudo sem nada receber

É sonhar sem nunca adormecer

Ter ganas de viver

É acreditar sem tocar ou nunca ver

É a felicidade para sempre querer

É amar sem o amor nunca conhecer

Ter ganas de viver

É chorar sem vergonha ter

É ser-se mais alto sem nunca o ser

É sempre sorrir e a tristeza esconder

Ter ganas de viver

É cada segundo de vida vencer

É cada dia desmesuradamente viver

É tentar driblar a morte até ela nos poder vencer



A.Soares (apollo 11)

AMAR é...











Amar é viver
Viver mil anos
Sem nunca adormecer
Amar é sofrer
Sofrer por alguém
Sem nunca se arrepender
Amar é saber
Saber perdoar
E tudo esquecer
Amar é prometer
Prometer carinho
Até envelhecer
Amar é amanhecer
Amanhecer ao teu lado
Depois de contigo adormecer
Amar é escrever
Escrever belas poesias
Sem poeta nunca o ser
Amar é viver
Viver ao teu lado
Sempre juntos até morrer...

A.Soares (apollo 11)

A Vida é uma escola...

A Vida é uma escola aberta permanentemente

Que nos ensina de uma forma pratica e irrepreensivelmente

Obrigando-nos a corrigir nossos erros constantemente

Ela nos oferece a sua intemporal sabedoria tão eficazmente.

Aprender com a Vida, tem sido ciclicamente uma obrigação

Pois, a sua sabedoria está sem dúvida, muito acima da razão

E o seu conhecimento está, inegavelmente para além da nossa

Imaginação.

E simplesmente todos nós acreditemos ou não,

Somos o fruto da sua sublime e imensurável perfeição.

E sem duvida alguma, todos nós seres vivos racionais ou não,

Todos os dias e a qualquer instante, sem nenhuma excepção

Aprendemos com Ela (A Vida) uma nova e inquestionável lição.

E as lições da Vida, assim continuarão, até à nossa inevitável

Extinção.”

A.Soares (apollo 11)