sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Perfeito Coração



Penso…

Logo, tu existes

Estejas onde tu estiveres

Vá para onde eu for

Eu não deixo nunca de sentir

Bem à flor da pele do meu peito

Esse inigualável palpitar

Do teu tão perfeito coração

Que desde o dia em que passou habitar

O meu até então, devoluto peito

Eu, dependente dele, tão feliz passei a ser

E jamais alguma vez, eu irei desistir

De alojar esse teu, tão perfeito coração

Pois não quero sucumbir a tamanha dor

Que seria, deixar de sentir a linda sensação

Do seu tão magnífico e harmonioso bater

Onde a cada sua melodiosa palpitação

Meus sentidos erguem-se constantemente

Até ao teu infindável céu de tão doce ternura

Aonde eu livremente e tão feliz, costumo esvoaçar

Tal qual uma folha de Outono, levada pelo vento

Sem com o seu destino, nunca se preocupar

Apenas desejando que, nunca se esgote o tempo

Para que ela ao longo da sua fascinante viagem

Consiga em pleno, todos os seus desejos, realizar

Penso…

Logo, no meu peito

Um perfeito coração começa a palpitar

Batendo sempre…

Assim, tão maravilhosamente perfeito

Que só eu, na verdade, o consigo escutar

Um perfeito coração…

O qual eu jamais imaginaria

Que ele, alguma vez no meu peito, um dia bateria

Até aquela maravilhosa e inesquecível noite de verão

Em que eu tive a felicidade de com ele me cruzar

E por ele, eu logo, tão fascinadamente me apaixonar

Um perfeito coração…

Ao qual eu naquela mágica noite, cegamente me rendi

E que eu a mim próprio, solenemente então prometi

Que se alguma vez o viesse para sempre a perder

Eu…

Na mais profunda das tristezas… morreria!



(A ti… Meu sonho imortal!)


Escrito em, Hilversum (Holanda) 28/10/09

Postado em Orleans (França)


A. Soares (apollo_onze)

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Nota de esclarecimento e agradecimento...

Prezados familiares, amigos e colegas escritores:

Gostaria de uma forma a mais sucinta possível, de esclarecer a todos vós, que a minha atitude de há cerca de um mês e meio atrás, em suspender provisoriamente (ou não), a publicação dos meus modestos (mas sempre, originais e registados textos), aqui neste meu Blogue, não se deveu simplesmente a uma espécie de amuo infantil, por alguém ter-me criticado os meus textos, pondo em causa o verdadeiro valor literário dos mesmos ou algo semelhante.

Não! Aquilo que se passou na realidade, foi um covarde e desprezível ataque à minha pessoa envolvendo infelizmente, nomes de familiares e amigos, alguns dos quais inclusive, que aqui neste meu Blogue, deixam habitualmente os seus lindos e tão generosos comentários aos meus textos. Acreditem ou não, mas foi essa a única parte que me deixou profundamente chocado e muito triste, pois eu, obviamente que tenho um enorme respeito e admiração tanto pelos meus familiares, como também, por todos vós amigos das letras e não só. Razão pela qual eu, ao ler alguns desses nomes mencionados de uma forma gratuita e tão insultuosa, num anónimo comentário (que esteve visível durante cerca de seis horas aqui no meu Blogue) algo de tão inadmissível e impensável para mim até aquela data, deixando-me por isso de tal forma perplexo e envergonhado que decidi imediatamente e muito a quente, escrever o texto “Até breve” o qual eu admito que o mesmo, possa quiçá, ter ficado um pouco confuso para alguns de vós mas, na verdade tratava-se de uma respeitosa (embora imerecida) resposta à pessoa a qual, eu na altura pensei, ser o desprezível autor do referido comentário que, caso assim fosse, ele entenderia perfeitamente essa minha respeitosa e poética resposta.

Hoje reconheço que nesse dia, eu com essa minha sofrível e irreflectida atitude, dei sem sombra para duvidas as maiores das alegrias à tal abjecta e incógnita pessoa que certamente, e não obstante ter-me “atacado às escuras”, terá sem duvida alguma se sentido como um verdadeiro “herói” algo que ela, até ali infelizmente, talvez nunca na sua vida tenha-se verdadeiramente sentido. Como tal, eu após longos dias de reflexão e como cavalheiro que eu me considero e tanto orgulho tenho em o ser, achei que seria muito deselegante da minha parte, “desrespeitar” os verdadeiros apelos e conselhos, de todos aqueles que, quer publicamente, como pessoalmente, me foram endereçados para voltar a publicar os meus modestos textos aqui neste meu Blogue.

Por esta razão entre outras de índole pessoal, decidi perante à viva luz da verdade, voltar expor toda minha total nudez tanto intelectual, como sentimental para com ela eu, legitimamente repor a justiça factual deste injusto e tão paupérrimo comentário feito no meu Blogue, retirando assim desta forma, sem apelo nem agravo o título de “herói” a esse ignoto rato de esgoto, que aproveitando-se da minha sensível e tímida forma de ser, o exibiu e se jubilou indevidamente com ele, nestas últimas semanas. Ou seja… decidi por conseguinte, continuar aqui, neste meu Blogue, a publicar os meus textos que embora eu não tenha qualquer problema em o admitir que os mesmos sejam sempre muito modestos, mesmo assim, (e perdoem-me a terminologia) eu os considero para mim, serem o genuíno resultado de um puro sumo, extraído do fruto doce e saudável que é sem dúvida alguma o meu cérebro!

Assim sendo, prometo que muito brevemente, este meu “refrescante e saudável sumo” será de novo com imensa paixão, felicidade e muito carinho, servido para todos aqueles bem-intencionados corações ou seja, para todos aqueles que são, os verdadeiros entusiastas da poesia (e não só), os quais eu muito respeito e admiro, alguns deles inclusive eu actualmente com muito apreço e extremo orgulho, partilho uma grande e devotada amizade.

Peço desculpas a todos vós pela activação da moderação dos comentários pois, apenas tomei esta decisão mais para proteger terceiros do que propriamente a minha pessoa. Pois juro-vos que, se eventualmente alguém vier a criticar negativamente (de uma forma educada) os meus textos, eu, jamais terei qualquer tipo de pejo em publicar essa mesma crítica.

A todos aqueles que publicamente e não só, se solidarizaram-se dando seu especial contributo para que eu rapidamente pudesse ultrapassar e definitivamente esquecer este triste e lamentável episódio, o meu muito e sincero obrigado. Cada carinhosa e acalentadora palavra vossa ficará, acreditem, eternamente guardada no meu coração!

Mil poéticos e carinhosos beijinhos para todos os corações femininos
Mil poéticos e cordiais abraços para todos os corações masculinos

Um sincero e enorme bem-haja a todos vós!

Até já…


Ps:

Leiam p/f o texto seguinte a este... obgdo!




Postado em Dublin (Irlanda)

Amândio Soares (apollo_onze)

Eu tenho um sonho...


Não!

Eu não perdi a minha inspiração!

Tampouco de ti jamais por momentos me olvidei

Pois tu, até sabes que eu sou, um nato escorpião

E que sem o elixir do amor, eu jamais sobrevirei


Sim!

Nasci para tudo eu, verdadeiramente amar!

A vida, os amigos, a natureza e até o teu carinhoso coração

Esse teu tão acolhedor e florido recanto, que tanto me faz sonhar

Sonhos coloridos que tentam se sobrepor, a negrura da minha solidão


Talvez eu seja um arcaico romântico

Mas eu adoro esta é a minha verdadeira forma de ser

O som do meu coração é idêntico a um apaixonante lírico cântico

Que declara toda a sua paixão, a cada seu tão inebriado bater


Ou talvez eu seja um tonto apaixonado

Daqueles, que lindos ramos de rosas costumam, a alguém oferecer

Mas mais tonto, eu agora me sentiria, se nunca as tivesse oferendado

A alguém, que sempre amei e que eu, jamais virei a esquecer


Enquanto eu assim for

Jamais a minha inspiração eu perderei

Por muito grande ou profunda que seja a minha dor

Eu, convicto e humildemente, sempre assim escreverei


Aos meus grandes amigos, eu tenho muito que lhes agradecer

Pela sua imensa dedicação e constante empatia

Por esta minha pura e singela forma de escrever (e de ser)

Demonstrada nos seus comentários (e não só), repletos de carinho e simpatia


Ao meu incógnito inimigo

Eu juro que nunca rancor dele virei a guardar ou ter

Embora ele ataque-me sempre de rosto escondido

Eu mesmo assim lhe perdoarei, a sua tão estúpida forma de ser


À minha tão imaculada e inesquecível Dulcineia

Eu em plena lucidez da minha alma, quero-lho reafirmar

Se eu fosse possuidor de todos tesouros da Galileia

Deles renunciaria para em troca eu, ao seu lado, poder sempre estar.


Daí eu alguma vez, a minha humilde poesia, poder deixar de escrever

Pois tantas vezes só ela pode-me, na mais pura das ficções oferecer

Tudo aquilo que eu, em realidade quiçá, não posso nunca mais vir a ter

Mas que no entanto…

Eu nunca deixarei de assim, tão apaixonado e romântico continuar a ser!


(Eu tenho um sonho… tão maravilhoso, que só eu sei…

O quanto de felicidade e amor eu… tantas vezes nele, já encontrei!)


Escrito em Dublin (Irlanda) a 26/10/09

Amândio Soares (apollo_onze)



sábado, 3 de outubro de 2009

Talvez... Um Breve Adeus!

Vou deixar a lua por uns tempos descansar em paz

E com sol também deixar-me de intrometer

Vou a minha estrelinha aos céus em paz devolver

E deixar assim de pensar naquilo que acho não ser capaz

(de certo sonho convencer)

Vou ao silêncio por uns tempos me remeter

Pois não quero mais os meus amigos enfadar

Com os meus repetitivos textos do meu obsoleto sonhar

Que obstinadamente na minha alma eu teimo suster

Irei no entanto sempre os meus amigos continuar a ler

E sempre com enorme prazer os seus textos comentar

Resta-me a todos vós assíduos leitores, mil obrigados dar

E aos meus amigos(as) pedir que nunca o deixem de mim, o ser

A poesia é bela e, ninguém o contrário poderá dizer

Ela é o alimento puro daquele(s) que nos sonhos teima(m) em acreditar

Por quiçá, nesses sonhos obter o ânimo necessário, para a vida enfrentar

Ou no mínimo, um minuto de cada vez, em cega esperança feliz viver



"Eu não sou poeta
Talvez um lírico sonhador
Eu não sou o profeta
Talvez seja seu seguidor

Eu não escrevo poesias
Talvez só cartas de amor
Eu não sou romancista
Talvez seja um apaixonado leitor

Eu não sou ficcionista
Talvez um livre-pensador
Eu não sou um idealista
Talvez seja um alienado inventor

Eu não sou diferente
Sou um comum e mortal pecador
Eu não sou um dissidente
Talvez seja um silencioso conciliador

Eu não sou um conceituado escritor
Talvez seja apenas, um inusitado autor
Não escrevo desesperado por, um prémio, ou louvor
Escrevo apenas e só, por prazer seja aquilo que for!"

(Este é o meu único "alimento" para os meus mal intencionados críticos.)

Bem-hajam por tudo.
Mil poéticos beijinhos e respeitosos abraços a todos vós e... até ao meu breve (ou não) regresso.

A.Soares (apollo_onze)