segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Deusa do fogo Lilás


Cada teu… tão rutilante olhar

Cada teu… tão radiante sorriso

Cada teu… tão melodioso falar

Cada teu… tão sedutor caminhar

Cada teu… tão exuberante gesticular…

Tão semelhantes aos movimentos de uma cândida mariposa

Naquele seu tão exímio e fascinante, bailado de improviso

Soltando seus lindos efeitos no florido palco, do meu coração

Que bate ao ritmo de cada beijo suave, que tu, nele vais dando.

E eu, sempre que assim… te vejo

O meu coração em fogosa loucura se desfaz

Num forte e prolongado estrupido de desejo

Numa onda gigantesca de avidez, para te amar

Num romântico e lítico sentido de paixão por ti

Que só o teu estreme e apetecível coração, o consegue sustentar.

E por muito que eu, continue essa tua tão irresistível beleza admirar

Esta minha enorme sofreguidão apaixonante, jamais se satisfaz.

É por esta razão que eu… tantas vezes…

Dá-me ganas de raptar esse teu, tão estreme e apetecível coração

E ao meu tão inconsolável desejo, eu para sempre, o aprisionar!

Ganas de… o tempo eu, para sempre, poder imobilizar

Para eternamente eu assim, tão perdidamente te idolatrar.

Ganas de… na mais das cintilantes estrelas, eu te transformar

Para este meu errante coração, através dela ele, sempre se guiar.

Dá-me ganas de… chegar ao pé de ti, e em voz alta dizer:

Amo-te! Tanto, tanto, que… este meu tão apaixonado coração

Só de pensar em ti… começa louca e desesperadamente a palpitar

Tal qual uma bomba relógio, prestes a qualquer momento, arrebentar

Uma bomba… que eu te imploro, para neste momento tu, a desarmar!

Mas… neste preciso e solitário instante…

Apenas e só… eu, poderei fechar os meus olhos e em silêncio dizer:

Amo-te! Tanto, tanto, minha Utópica (ou não) imaculada deusa do fogo lilás!

Sim! Dizê-lo em silêncio, porque talvez, só ele, melhor que ninguém

Sabe que tu… para mim, assim o és e assim, tu… para sempre o serás!



“Enquanto existirem sonhos por realizar e enormes ganas de querer a cada dia feliz viver

Jamais deixemos de acreditar que na vida, quase tudo, se pode na realidade obter.”

(apollo-onze)



Escrito a 26/09/2009

Em Limoges (França)

Imagem by Net


A.Soares (apollo-onze)



segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Vou partir...











*Vou partir!

A contagem decrescente já começou!

Destino: Planeta Vénus.

Objectivo: Uma bandeira com a forma do meu coração

No ponto mais sensível nele existente, ela… eu lá a colocar!

Quero assim… toda a minha contínua e efusiva paixão

A alguém, de uma vez por todas, eu poder demarcar.

Quero demonstrar-lhe quem na verdade sou

E aquilo, que eu também, sinceramente não sou

Quando sem ela, costumo tantas vezes… ficar.

Vou partir!

Minha flamejante e utópica nave espacial, já descolou

Para trás… um triste e confuso mundo de turva ilusão ficou

Onde o passado tantas vezes, se confundia com o presente

E o futuro era algo, quase sempre descolorido, ou inexistente.

Um mundo que eu, em quase tudo, sempre acreditei

Mas, que pouco ou nada, de verdade afinal, eu nele encontrei

Vou partir!

Estou a meio caminho da felicidade

De um lindo e novo apaixonante renascer

Vou desta vez poder amar alguém, sem nunca sentir a saudade

De amar, sem a maioria das vezes, ninguém ao meu lado ter.

Estou a meio caminho… daquilo que eu mereço ser

Alguém feliz e com direito a amar, sem ter nunca de sofrer.

Alguém… apaixonado tanto pela vida, como pelo amor

Algo que eu, sempre fui e não quero jamais, deixar de o ser

Vou partir!

Não sei, se terei combustível suficiente

Para ao meu tão almejado destino chegar

Para assim, este meu legítimo objectivo eu, conseguir realizar.

Mas… se isso não vier a acontecer

Acreditem, que eu, jamais alguma vez triste ficarei

Pois… o mais importante, eu talvez, já realizei

Ter tido a coragem de partir, e disso não me arrepender

Partir… sem uma lágrima de saudade, ou de tristeza derramar

Sem sentir sequer, qualquer impulso, de para trás olhar

Pois o meu derradeiro objectivo está ali, mesmo á minha frente

Aquele que eu agora, à velocidade da luz, viajo para o alcançar!

Vou partir!

No meu monitor de bordo, já vejo uma curta mensagem a piscar

Sim! É um sinal indicador que afinal… no planeta Vénus

Sempre existe, um lindo e puro coração feminino nele, a habitar

Talvez… aquele que eu, sobre ele estive até agora, apenas a devanear

Aquele…

Que eu, em ficção julgo estar, loucamente de amor por mim, a palpitar!

Vou partir… apenas por alguns minutos… mas vou!


“Quem viaja em sonhos, ao seu obstinado destino, dificilmente chegará.

Quem desperto viajar, ao chegar ao seu destino quiçá… o seu grande sonho, de braços abertos o receberá! ” (apollo-onze)


*Excerto do diário de bordo, de um poeta espacial, viajando à condição

de um sonhador prisioneiro à linha de um tempo infinito, da mais pura de todas as ficções.

Escrito em Viena (Áustria) 11/09/09

Postado em Barbezieux (França)

Imagem by net Google

A.Soares (apollo-onze)

domingo, 6 de setembro de 2009

"Adeus Tristeza..."

Hoje eu vi um sol diferente
Vi um céu num azul semi-transparente
Hoje eu vi a felicidade à minha frente
Vi belos sorrisos nos lábios de tanta gente
Hoje eu vi o fundo do mar nitidamente
Vi tesouros e até uma sereia muito atraente
Eu hoje eu vi um olhar descontraído e renascente
Vi alguém ao espelho muito sorridente
Hoje eu vi o meu futuro mais convincente
Vi minha esperança de uma forma transparente
Hoje eu vi e desta vez bem acordado e muito consciente
Vi a minha tristeza partir incondicionalmente
Hoje eu vi e entrei num mundo diferente
Vi a felicidade possuir-me lenta e docemente
Hoje eu vi o meu veleiro desencalhar finalmente
Vi suas velas desfraldarem-se ao vento alegremente
Hoje eu vi e acreditei pura e simplesmente
Vi o horizonte abrindo-me os braços tão gentilmente

Hoje eu digo convicto e alegremente:
Adeus tristeza cruel e deprimente!!!




A.Soares (apollo-onze)

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

"Born to Love!"

Nasci…sem nada saber
Se para feliz o ser
Teria que tudo na vida vencer
Ou se a felicidade, era apenas viver

Nasci… sem nada temer
Pois pouco tinha a perder
Apenas a ingénua forma do meu ser
Ou a pura nudez que me viu nascer

Nasci… ao anoitecer
Sem aquela estrela ofuscante no céu aparecer
Para talvez, até mim um Rei Mago trazer
Para no seu majestoso reino, ele talvez me acolher

Nasci… sem o sonho conhecer
Pensando que a realidade era bonita de viver
Mas à utopia tive bem cedo que me render
Para das contrariedades da vida ter-me de esconder

Nasci… sem uma paixão pensar vir a ter
No entanto algumas acabei por vir a conhecer
Mas na sua maioria acabei, por as esquecer
E só me resta uma, que teima comigo morrer

Nasci… sem amizade compreender
Se para um grande e verdadeiro amigo ter
Bastará confiar nele, sem de lado nenhum o conhecer
Ou se primeiro teremos que, a um polígrafo o submeter

Mas afinal…eu talvez…

Só… nasci para amar e feliz viver
Amar enquanto o meu coração… bater
Viver até aquele meu sonho… para sempre adormecer
O tal que insiste em… a lógica da vida fazer-me compreender!


Escrito em: Esbjerg (Dinamarca) a 29-11-08


A.Soares (apollo-onze)

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Deixa-me que eu...















Deixa-me que eu…

Pegue na tua fina e macia mão

E te leve na minha mente, por uma invisível ponte

Que nos levará para lá… do meu secreto horizonte

Aquele… onde, não existe credo, ou religião

Nem guerra, ódio, hipocrisia, cupidez, dor ou extorsão

Aquele… onde o tempo corre muito lentamente

Onde a vida, se passeia tão alegre e livremente.

Deixa-me que eu…

Te abra a porta deste meu secreto horizonte

E que te leve ao colo, como uma donzela recém-casada

Até… aquele leito de seda cor púrpura e tão perfumada

Onde em plena nudez, das nossas almas gentias

Nos entregaremos, à mais pura das sensuais coreografias

Num endiabrado bailado de mil carícias, e delirantes paixões

Até um véu de neblina matinal envolver nossos rendidos corações.

Deixa-me que eu…

Te ofereça eternamente, este meu secreto horizonte

Para que tu, espalhes por todo ele, a tua tão sublime beleza

E que sejas neste meu paraíso, a fonte cristalina da minha certeza

Quero que nele… á noite, tu sejas, a minha bela lua borralheira

E pela manhã, um aconchegante raio de sol sempre à minha cabeceira

Quero que só tu sejas o limite… deste meu secreto horizonte!

Deixa-me que eu…

Uma velha verdade te confesse…

Amar-te é… muito mais que por um lindo sonho divagar

Embora eu sempre te dissesse;

Que sou apenas um tonto apaixonado, que ama e vive de sonhos

Tanto acordado, como quando, o seu romântico coração adormece

Talvez porque… quase sempre nos sonhos

Tudo é muito mais fácil, e aí sim! Num simples clicar

Tudo… tão naturalmente quase sempre acontece!




“O sonho comanda a vida e a poesia, alimenta o sonho”

(apollo-onze)


Imagem by net Google

A.Soares (apollo-onze)