segunda-feira, 29 de março de 2010

Peço perdão




Peço perdão…

Por talvez, humano eu ter nascido

E assim a imaculada perfeição

Jamais preencher a maior parte de mim.

Sim! Já quantas vezes, eu tenho sido surpreendido

Por alguns actos irreflectidos que nasceram dentro de mim

Dos quais, eu me envergonho por deles me ter servido.

Mas de nada serve, nem nunca me servirá este meu pejo

Pois a culpa está, em eu na verdade ter nascido assim

Destinado a subverter os bons princípios do meu subalterno desejo

Peço perdão…

(E pese embora todos os meus defeitos)

Se o bom que também existe dentro mim

De pouco ou nada positivo, a alguém alguma vez serviu

Embora eu saiba que existe alguma pureza enraizada em mim

Mas a mesma, nem sempre conseguiu produzir úteis efeitos

Principalmente quando certos defeitos, alguém em mim já viu

E alguns mesmo sabendo que eu não passo de um comum mortal

Raramente deixam de duvidar das minhas boas intenções

Com as quais eu visto tão solenemente o meu lado sentimental

Aquele lado, incapaz de ferir ou se aproveitar de fragilizados corações.

Peço perdão…

Por irracional eu não ter nascido

Talvez assim… ninguém de mim duvidaria ou criticava

Esta minha repreensível e genuína humana forma de ser

Talvez assim… eu a tudo isto jamais alguma vez atenção prestava

E certamente os meus atribulados dias, logo pacatos, passariam a ser

Deixando eu de os outros ferir ou… porque não, por eles também ser ferido.

Peço perdão…

E afinal… só e apenas a mim próprio

Por quiçá, eu injusto comigo mesmo estar neste momento a ser

Pois no meu intimo até sei que eu de todo posso não ser um simplório

Mas cruel ou ardiloso, eu tanto nunca o fui, nem faço intenções de o vir a ser!


“Por muito grande que seja o nosso guarda-chuva jamais o mesmo evitará que, algumas gotas de chuva acabem por nos vir a molhar.” (apollo_onze)


Escrito em Herning (Dk) 23/03/10


Imagem by net Google


A-Soares (apollo_onze)



quarta-feira, 17 de março de 2010

Sempre tu!


Desde Cuando | Upload Music



Encontrei-te um destes dias

Depois de eu tanto te procurar

Depois de tantas vezes de contigo sonhar

Depois…

De tantas prosas o meu apaixonado coração

Á tua imaculada imagem ter-te cegamente dedicado

Fez-se silencio…

Olhei para ti como que enfeitiçado

E tu…

Diante de mim nada dizias

Apenas esboçavas aquele tão teu doce sorriso

Enquanto a brisa com os teus longos cabelos brincava

E o meu rosto nos teus cristalinos olhos se espelhava

Pronunciei teu nome sem a minha boca sequer abrir

Acolhi-te nos meus braços sem os sequer esticar

Beijei-te loucamente sem os teus ardentes lábios sentir

Amei-te desenfreadamente sem escutar o teu coração

Adormeci tão feliz ao teu lado num leito de ilusão

Acreditando que sonhar contigo já não seria mais preciso

Acreditando que o meu sonho não era repetido

E que a saudade a tua imagem tivesse para sempre despido

E que a minha febril e obstinada imaginação

Á realidade tivesse-se finalmente rendido!

E afinal eu…

Não te encontrei

Mas não desisto nem nunca desistirei

De noite e dia te procurar

Pois eu sei que acabarei por te encontrar…






Escrito em Skanderborg (Dinamarca) em 11/3/2010

Musica by Alejandro Sanz - Desde Cuando


Imagem by net Google


A-Soares (apollo_onze)


quarta-feira, 3 de março de 2010

Nunca só hei-de estar...

Estou só!
Não! Acho que só não estou
Pois escuto uma voz chamando por mim
Fico ansiosamente esperando por ela
Para que ela, venha até mim
Não, o melhor será ir ao encontro dela
Pois ela, é que está chamando por mim

Procuro por ela na imensa solidão
Deste espaço vazio que é o meu coração
Mas obviamente, com ela não consigo dar
Pois apenas se trata, de mais uma partida
Da minha irrequieta imaginação

Estou só!
Não! Acho que só não estou
Porque alguém lá fora, chama por mim
É o vento! Batendo levemente à janela
De meu coração para que eu, o deixe entrar

Com ele traz a chuva pois,
Sozinho ele, é muito raro andar
Talvez, a solidão os dois,
Comigo queiram partilhar
Ou simplesmente a solidão de mim
Queiram somente afastar.

De imediato abro a janela
Para que eles possam então entrar
Mas… nem chuva nem vento,
eu novamente consigo encontrar

Estou só!
Não! Acho que só não estou
E só, jamais hei-de estar
Enquanto esta irrequieta imaginação
Partidas destas, continuar-me a pregar.

Escrito em:

Stanvager (Noruega) 07/10/21