terça-feira, 21 de junho de 2011

"O Silêncio dos Inocentes"








* Por vezes…

Entre o meu insuportável silêncio lunar

E os alucinantes sons do meu pensar…

Julgo ouvir;

Alguém muito longe… por mim a chamar!

Julgo ouvir… passos acorrentados

De uma prisioneira;

Vítima de um prepotente destino

O qual… sem pejo algum lhe sonegou

A sua legítima… liberdade de amar!

E que por essa… tão dolorosa razão

Ela;

Tarda tanto tempo… até mim chegar!


Julgo ouvir;

A voz… da sua amordaçada consciência

Com vontade de o seu silêncio… quebrar

Com vontade… de a sua pura inocência

A si própria… com toda a determinação provar!


Julgo ouvir;

Através das invisíveis grades da sua prisão…

Aquela sua… tão doce voz… repleta de emoção

Apelando …

Incessantemente a este meu saudoso coração

Dizendo:


(Diz que me amas! Diz que me desejas!

Pois eu preciso imenso isso… de ti escutar!

E por favor… onde quer que tu estejas

Não deixes este silêncio entre nós… continuar!)

Apelos… que me levam à inevitável comoção

E aí;

Imediatamente do purpúreo céu do meu olhar

Desprendem-se autênticas lágrimas de fogo;

Como as da lava incandescente… de um vulcão

Espalhando-se pela planície glacial do meu peito

Transformando-o todo ele…

Num escaldante mar de puro amor e louca paixão!


Por vezes…

Entre o meu cego querer

E o meu dúbio acreditar

É-me tão difícil… uma fronteira delinear

Pois desconheço completamente

Quando será que finalmente… o tirano destino

Desta minha… apaixonada “Musa”

A irá incondicionalmente libertar!

Para que eu… em júbilo lhe possa dizer:


(Amo-te tanto… oh minha louca perdição!

Amo-te… como a lua…

Ama as suas tão maravilhosas estrelas reluzentes

Amo-te… como a natureza…

Ama o sol… e os seus longos beijos tão ardentes.

Prometo ser a terra fértil do jardim da tua beleza

Prometo-te…

Que a chave… deste meu tão apaixonado coração

Será… eternamente tua!)

E aí;

Já em plena e merecida liberdade Ela…

Descobrirá então… Que o meu amor por si…

Não é apenas um belo e radiante sol de verão

Mas também… e só para ela

Será sempre uma inesgotável fonte…

De puro amor e… louca paixão!


Por vezes…

O “silêncio dos inocentes”

É-me tão difícil de compreender

Como também o é… de aceitar.

Mas mais difícil do que isso… é sem dúvida

Eu… a ele (o silêncio) ter todavia que me render

Sem uma palavra os meus lábios pronunciar

Ou até mesmo… e bem pior do que isso;

Sem um simples murmúrio de alguém “inocente”

Eu acabar sempre… por nunca o conseguir escutar!


“Quem ingenuamente a força do destino desafiar... poderá a sua felicidade para sempre hipotecar. E consequentemente assim, deixar de a vida ou… alguém conseguir livremente amar.”


(Mais um texto de um autor, viciado no puro amor, paixão e… muita ficção! Escrito na terra dos mil ventos e postado em terras de D. Quixote)



Escrito em Bording (Dinamarca) 16-6-11

Music by Alexandra Burke in - Silence

Imagem by net - Google

*@ apollo_onze



sexta-feira, 10 de junho de 2011

Nada mais...








*
Nada mais importa!
Enquanto a vida for para mim
Apenas um precário refúgio…
De felicidade
No qual eu… a minha frágil alma
Tento a todo custo…
Protege-la das garras dilacerantes
Da silenciosa tristeza!

Nada mais importa!
Enquanto a intransponível muralha…
Dos meus sonhos multi-floridos
Não venha já amanhã…
A desmoronar-se perante o meu mundo
De cega utopia
Da qual eu… noite e dia
Alimento o incontrolável vício
De uma linda deusa amar!

Nada mais importa!
Enquanto o fogo da minha paixão
Não conseguir incinerar…
A indomável besta da solidão
A qual eu… tantas vezes me rendo
Após não ver… aquele lindo raio de amor
Que um dia irá me guiar…
Até aquele… meu prometido coração
Que eu tão loucamente quero amar!

Nada mais importa!
Enquanto esta minha loucura
Não vir a sarar
Embora eu acredite, que tal...
Jamais virá a acontecer
Porque afinal... eu;
Nesta minha tão doce loucura
Quero continuar sempre a viver!

*apollo_Onze@




Imagens by net (Google)


Musica by Metalica in "Nothing Else Matter"