segunda-feira, 27 de julho de 2009

Toca-me...

Toca-me…
Como que numa fina vidraça estivesses a bater
Desperta-me…
Para mais um novo e apaixonante amanhecer
Seduz-me…
Com esse teu tão lindo e alegre resplandecer
Beija-me…
Suavemente todas as minhas fontes de prazer
Murmura-me…
Palavras… que o meu sangue faça ferver
Acaricia-me…
Até meu corpo o fazeres estremecer
Ama-me…
Como só tu eximiamente o sabes fazer
Promete-me…
Que a minha pele nunca deixarás arrefecer
Protege-me…
De todas as dúvidas que possam vir a aparecer
Sossega-me…
Diz-me que tu serás sempre a força do meu querer
Embala-me…
Como se um recém-nascido eu pudesse ser
Adormece-me…
No teu regaço até ao meu próximo apaixonado amanhecer

Toca-me…
Assim…
As vezes que sempre te apetecer!

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Pura devoção!











Enquanto existirem oceanos…
Eu continuarei neles a navegar
Até nos teus afáveis braços, eu ancorar
E neles…para sempre desembarcar
Enquanto existirem lindos e livres céus azuis…
Eu continuarei esperançosamente neles…a voar
Até no beiral do teu coração, eu finalmente pousar
E eternamente…feliz aí ficar
Enquanto existirem belas e reluzentes estrelas…
Eu continuarei todas noites, elas visualizar
Até que uma delas, desperte o meu sonhar
Através do teu tão lindo e cristalino olhar
Enquanto existirem belas e perfumadas rosas…
Eu continuarei todas elas, sempre cheirar
Até um doce e estonteante perfume, eu encontrar
Aquele que só a tua pele morena…costuma emanar
Enquanto existirem ventos sirocos…
Eu continuarei ao lado deles noite e dia a soprar
Até os teus sedosos cabelos, eu suavemente despentear
E em êxtase profundo neles…meus ávidos beijos entrelaçar
Enquanto existirem tempestades tropicais…
Eu continuarei nas suas grossas bátegas de chuva me infiltrar
Até todo teu ardente e arrebatador corpo, eu inundar
Até ele…na minha tão copiosa paixão se afogar
Enquanto existirem rouxinóis…
Eu continuarei suas lindas melodias tentar imitar
Até o teu distante coração eu, conseguir de mim aproximar
Para ver se chave dele, tu a mim queiras para sempre confiar
Enquanto existirem mil formas de o amor, em poesia retratar…
Eu continuarei até ao derradeiro e imaculado poema, prosar
Poema esse…que te irá no topo do universo, eternamente colocar
Enquanto existirem corações tão apaixonados como o meu…
Eu continuarei sempre querendo assim…loucamente te amar
Pois em ti…não consigo por um segundo sequer deixar de pensar
E juro que assim continuarei até…aquele inevitável dia chegar
O dia em que eu… a “fronteira branca” terei de a atravessar
Mas até lá…esta minha pura devoção por ti…irá noite e dia continuar!



“Talvez jamais eu, seja lembrado pelos meus singelos e ocos textos de amor.
Mas sim… pelo meu grande defeito de ser, um compulsivo apaixonado e um inveterado sonhador!” (apollo-onze)



Atenção imagem by net Google
A.Soares (apollo-onze)

"Mau hábito da procrastinação"

Talvez hoje?

Não! Amanhã logo se decidirá…

Falta de coragem?

Talvez o será…

Os dias, os meses e os anos lá se vão passando

E aquela tão importante decisão

Vai fazendo ponto de embraiagem

A meio da íngreme subida onde poderá estar a solução!

Entre estúpidos preconceitos

E inúmeras irresolúveis equações

A vida, cada milésimo de segundo lá nos vai cobrando

Indiferente às nossas problemáticas indecisões

E os espelhos mostram-nos sem quaisquer contemplações

Tanto as nossas inevitáveis marcas do tempo

Como também, aquela profunda tristeza do nosso olhar

Por uma felicidade até aqui… aos solavancos vivida

Devido ao péssimo hábito de certas decisões procrastinar

Entre as quais, um rumo melhor para as nossas vidas procurar

Sempre com aquela velha e miserável desculpa

De os avós, pais, filhos, esposa(o) não os querer com isso magoar.

E talvez, só quando nós estivermos de todo abandonados

É que aí… sim! Tomaremos a essa tal importante decisão.

Pena é… que talvez… já não nos reste lá muito tempo

Para dessa tão legítima decisão, poder-mos vir sequer a desfrutar!



A.Soares (apollo-onze)

sábado, 11 de julho de 2009

Quem em mim...

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Quem em mim… por amor já me tocou
Meu destino tantas vezes já baralhou
Amei cegamente quem a mim me amou
Mas infelizmente nem sempre o amor em mim vingou
E dele, apenas a decepção e algumas mágoas resultou
Mas sempre perdoei a quem isso, em mim provocou
Por eu não conseguir odiar, quem meu coração já compartilhou.
Quem em mim… por amor já me tocou
E por mim… pura e simplesmente se desinteressou
Na verdade, (e mesmo assim) muito de mim para sempre levou
Entre belos sonhos que a vida desde criança em mim germinou
E promessas reais que o tempo a mim sempre as confiou
E assim minha alma desnuda de tudo isto tantas vezes ficou
Mas minha forte vontade em alguém amar jamais se desmoronou
E o meu coração, aos desígnios da deusa Vénus sempre consignou.
Quem em mim… por amor já me tocou
E por mim… verdadeiramente um dia se apaixonou
De felicidade, a minha alma desnuda e fria aconchegou
No meu humilde e errante coração seu tão lindo nome tatuou
E o meu destino irreversivelmente essa pessoa, para sempre o traçou
Ao seu lado… ou distante dela eu não…deixarei de ser quem sou
Ser aquilo que a vida para sempre me predestinou
Um humilde servo de alguém que, seu genuíno amor me provou
Ser um idolatra da mulher que a deusa Vénus, só para mim destinou.
Quem em mim… por amor já me tocou
Alguém porventura que de mim nunca duvidou
Nestas singelas palavras, certamente que algo de si… em mim encontrou
Talvez… uma antiga e verdadeira promessa que ainda não se quebrou
Ou quiçá e só… um maravilhoso sonho que o tempo ainda não o realizou!

“Estar apaixonado, não é só acreditar constantemente por outrem, amado ser.
Também é permanentemente o seu amor, por esse alguém, saber verdadeiramente enaltecer!” (Autor: apollo-onze) -->

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Florescente Magia













Deito-me á noite juntar ao mar
Na areia húmida pelos salgados beijos
Das ondas que nunca se cansam de a mesma beijar
Fixo o meu olhar num céu povoado de cintilantes estrelas
A lua… sempre tão esplendorosa parece querer-me cativar
Com aquela sua sempre luminescente luz tão sedutora
Então… deixo, a minha imaginação de mim se apoderar
Despeço-me sem lágrimas nem tristezas do tempo real
E embarco rumo ao tempo sideral sem um segundo hesitar.
… A espuma branca que as ondas
Até mim aos poucos me fazem chegar
Em lençóis de pura e fina seda perfumada
Rapidamente acaba por se transformar
E o meu frio e desnudado corpo
Lentamente neles começa-se a enrolar
Fecho os olhos… e pouco a pouco uns lábios ardentes
Percorrem toda a minha pele fazendo-a de imediato incendiar
Provocando uma gigantesca fogueira de púrpuras labaredas
Que até o longínquo reinos dos céus conseguem alcançar
Obrigando assim todas as suas até aí… impolutas estrelas
Os seus angélicos vestidos de renda branca… despojar
E eu… ao ver aqueles virgens e celestiais corpos sob plena nudez
O fogo da minha paixão ainda mais me fez atiçar
Transformando-me num tão radioso e apaixonado sol
Emalando raios de puro amor, que o mundo inteiro irá iluminar
Ouço o murmúrio… daquela linda e luminescente lua
Os meus ouvidos de belas e dóceis promessas inundar
E num profundo abraço, eu tão apaixonadamente rendo-me a ela
Deixo-me seguidamente pela sua florescente magia transportar
Numa galáctica viajem, que nos levará até aos confins de Júpiter
Para aí… este lindo e puro amor podermos livremente perpetuar
Não!
Não ouso de forma alguma
Este meu extasiado corpo sequer beliscar
Para eu ter a real certeza
De que não estarei porventura a sonhar
Pois… melhor será sem dúvida alguma
Nesta quimérica incerteza eu assim… tão feliz continuar!


Atenção imagem by net Google

A. Soares (apollo-onze)