quinta-feira, 9 de julho de 2009

Florescente Magia













Deito-me á noite juntar ao mar
Na areia húmida pelos salgados beijos
Das ondas que nunca se cansam de a mesma beijar
Fixo o meu olhar num céu povoado de cintilantes estrelas
A lua… sempre tão esplendorosa parece querer-me cativar
Com aquela sua sempre luminescente luz tão sedutora
Então… deixo, a minha imaginação de mim se apoderar
Despeço-me sem lágrimas nem tristezas do tempo real
E embarco rumo ao tempo sideral sem um segundo hesitar.
… A espuma branca que as ondas
Até mim aos poucos me fazem chegar
Em lençóis de pura e fina seda perfumada
Rapidamente acaba por se transformar
E o meu frio e desnudado corpo
Lentamente neles começa-se a enrolar
Fecho os olhos… e pouco a pouco uns lábios ardentes
Percorrem toda a minha pele fazendo-a de imediato incendiar
Provocando uma gigantesca fogueira de púrpuras labaredas
Que até o longínquo reinos dos céus conseguem alcançar
Obrigando assim todas as suas até aí… impolutas estrelas
Os seus angélicos vestidos de renda branca… despojar
E eu… ao ver aqueles virgens e celestiais corpos sob plena nudez
O fogo da minha paixão ainda mais me fez atiçar
Transformando-me num tão radioso e apaixonado sol
Emalando raios de puro amor, que o mundo inteiro irá iluminar
Ouço o murmúrio… daquela linda e luminescente lua
Os meus ouvidos de belas e dóceis promessas inundar
E num profundo abraço, eu tão apaixonadamente rendo-me a ela
Deixo-me seguidamente pela sua florescente magia transportar
Numa galáctica viajem, que nos levará até aos confins de Júpiter
Para aí… este lindo e puro amor podermos livremente perpetuar
Não!
Não ouso de forma alguma
Este meu extasiado corpo sequer beliscar
Para eu ter a real certeza
De que não estarei porventura a sonhar
Pois… melhor será sem dúvida alguma
Nesta quimérica incerteza eu assim… tão feliz continuar!


Atenção imagem by net Google

A. Soares (apollo-onze)

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