Não!
Eu não perdi a minha inspiração!
Tampouco de ti jamais por momentos me olvidei
Pois tu, até sabes que eu sou, um nato escorpião
E que sem o elixir do amor, eu jamais sobrevirei
Sim!
Nasci para tudo eu, verdadeiramente amar!
A vida, os amigos, a natureza e até o teu carinhoso coração
Esse teu tão acolhedor e florido recanto, que tanto me faz sonhar
Sonhos coloridos que tentam se sobrepor, a negrura da minha solidão
Talvez eu seja um arcaico romântico
Mas eu adoro esta é a minha verdadeira forma de ser
O som do meu coração é idêntico a um apaixonante lírico cântico
Que declara toda a sua paixão, a cada seu tão inebriado bater
Ou talvez eu seja um tonto apaixonado
Daqueles, que lindos ramos de rosas costumam, a alguém oferecer
Mas mais tonto, eu agora me sentiria, se nunca as tivesse oferendado
A alguém, que sempre amei e que eu, jamais virei a esquecer
Enquanto eu assim for
Jamais a minha inspiração eu perderei
Por muito grande ou profunda que seja a minha dor
Eu, convicto e humildemente, sempre assim escreverei
Aos meus grandes amigos, eu tenho muito que lhes agradecer
Pela sua imensa dedicação e constante empatia
Por esta minha pura e singela forma de escrever (e de ser)
Demonstrada nos seus comentários (e não só), repletos de carinho e simpatia
Ao meu incógnito inimigo
Eu juro que nunca rancor dele virei a guardar ou ter
Embora ele ataque-me sempre de rosto escondido
Eu mesmo assim lhe perdoarei, a sua tão estúpida forma de ser
À minha tão imaculada e inesquecível Dulcineia
Eu em plena lucidez da minha alma, quero-lho reafirmar
Se eu fosse possuidor de todos tesouros da Galileia
Deles renunciaria para em troca eu, ao seu lado, poder sempre estar.
Daí eu alguma vez, a minha humilde poesia, poder deixar de escrever
Pois tantas vezes só ela pode-me, na mais pura das ficções oferecer
Tudo aquilo que eu, em realidade quiçá, não posso nunca mais vir a ter
Mas que no entanto…
Eu nunca deixarei de assim, tão apaixonado e romântico continuar a ser!
(Eu tenho um sonho… tão maravilhoso, que só eu sei…
O quanto de felicidade e amor eu… tantas vezes nele, já encontrei!)
Escrito em Dublin (Irlanda) a 26/10/09
Amândio Soares (apollo_onze)
2 comentários:
Sou eu também uma escorpiana. Nata, voraz que se entreabre entre a força e a coragem ardente e o amor sedento, suave, voraz. Que carrega os sonhos no peito, na mente e no coração, neles crê, por eles luta. Por isso vim aqui, a primeira vez. Pelo seu enunciado: um nato escorpião.
Aqui, encontrei um pouco de mim, nas entrelinhas dos teus versos.
Aqui, estou hoje para dizer quanto compreendo
os teus sentimentos. Aqui estou para te dizer
que sabia a tua volta como prova do escorpião nato que tu és. Sensibilidade e coragem, humildade e orgulho, emoção e razão, mel e fel,
amor e dor, alegria extrema e tristeza profunda, às vezes se mistura no coração. Mas dentre todos esses sentimentos, prevalece o amor e a lealdade extrema pousada no peito.
Parabéns, amigo. Tuas palavras estão cheias de verdade e poesia e eu te aplaudo, por isso.
Força e fé.
Beijo no teu coração.
27 de outubro de 2009 às 21:06
Que bom, Apollo, que o seu coração bateu mais forte que qualquer injúria ou maldade. Que bom!
Desculpe, se não pude te dar nenhum apoio no momento do seu sufoco. Mas eu sei que corações nobres e sensíveis prevalecem sobre qualquer injustiça, ok!
Beijinhos
Glória
6 de novembro de 2009 às 15:04
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